Quanto vale o nome do vinho?
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Um livro não deve ser julgado pela capa. Nem pelo título. E um vinho? Merece ser julgado pelo seu rótulo, ou pelo seu nome?
Parece até piada. Mas um estudo garante que, quanto mais difícil de pronunciar for o nome de um vinho, mais valor o consumidor dá a ele.
A autora do estudo é Antonia Mantonakis, professora de marketing e chefe do centro de pesquisa Consumer Cognition Lab Group, da Brock University, no Canadá.
Essa pesquisa convidava participantes a provar diversos vinhos, e opinar a respeito de seu gosto, e de seu preço. O mesmo vinho era provado em diferentes condições, com um rótulo de nome simples, e com um rótulo de nome extravagante.
O estudo concluiu que um nome extravagante no rótulo, de difícil pronúncia, quer seja do vinho quer seja do produtor, induz o consumidor a acreditar ter tido uma experiência sensorial mais positiva, ou seja, a gostar mais do vinho. E, por incrível que pareça, a também estar disposto a pagar mais por ele.
Aqueles sabidos já estão pensando: “Mas isso é pegadinha para principiantes do mundo do vinho! Eu jamais cairia nessa...”
Ledo engano. Segundo a pesquisa, os participantes que tinham mais conhecimento sobre o mundo do vinho eram justamente os mais propensos a fazer essa relação, acreditando que nomes de difícil pronúncia significavam vinhos melhores e mais caros.
Sabe o que o resultado dessa pesquisa quer dizer? Que a gente, consumidor, valoriza mais ou menos um vinho não apenas pelo que a gente sabe sobre ele, nem pelo que a gente gosta ou não nele, mas por aquilo que a gente supõe que ele seja, ou valha. Ou seja, nossas suposições valem mais do que nossas preferências, às vezes.
Polêmico, não é? Mas é o que sustenta essa pesquisa, e essa especialista em comportamento do consumidor...
Para encerrar, se você quiser ler sobre a relação entre qualidade e preço de um vinho, clique aqui e aqui.
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